terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Negro apuro

Assolado fronte a parede branca
Estirado ao chão que não cobre
Raiva nem intenção quaisquer desfaz

Rumina a voz terra a vida encontrante
Ao pé da esquina mais tempo sente
Que a tua vaza memória

Perde tua conta e então imagina
Vai-te perder contra o mal
Qual não há liame possível
fazer-se seu bem

Have de encontrar
o senão aflitivo da mente
Sem condição que ao dubismo
não ceda a consumação

Até o paroxismo a vinca dúvida resiste dobra
para então carrear a si o corpo estranho
Companhia tomada por pragmatismo de firmamento,
A arrebata completa do mal perfaz-se cabal
Descerra novo tempo

E faz-se soma uma nova unidade
Até, à tocaia: prima queda. Aprumo da vontade à
Trabalho de tombo perro, a ferro, fogo, calma, alma
Tira a sorte ou a vale sem verbo.

Colérico torpor do desejo
Entumecido por realizarO desalinho da partida, carrilho para o feixeRasgo do estertor das algaraviasConsentidas e surdas, inimaginadas
Safra sonora de indubitável,Inaudito preço

Que vale a sapiência transmanada
Ao enleio da voz baixa
Passada não sorvida, perscrutada sob o deserto
Passado recente carreado sem nuvens?

Posterga a voz divina, o silêncio
para nota futura:
- Não aqui, não mais agora; queda n’outra, exótico.
Atenta, talvez venha compassiva,
ou de suplante sábio, reiterador incansável
dos decorridos ébrios da doença
Consciência basta.
À fulgura iluminará.

Descenso da paixão
Manejo bendito atravessadamente
A gretadura achada crivada a técnica

Abotoadura estampida, curtida Virtude
Sua elegância pedagógica, distante
o frêmito arritmo do coração-coxa,
Vida menor a que luz não converte em essência

(Altivez arrazoada de través bizonho,
Indestinada versassão, invólucra de primaz torpeza
Controvertidas expressões sobrepostas a escôo do Tempo
Eiva de raiz frívola, Irrazão
do motivo amparo,
Instrumento vil dimanar impuro
Representação perfeccionista da vida.)

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