terça-feira, 25 de setembro de 2007

Assertiva profética do matador de piolhos

Quero gritar ao mundo
o quanto me dói e alegra as coisas do mundo.
Quero ampliar, amplificar as vozes baixas para
que cheguem o mais alto quanto puderem,
porque se não, desafinem!
Quero manter firme o contemplar necessário para fazer entender
a fala sábia que me toca clareadora, ilógica e intransigente
como voz recitada em sopro, discorrida em recital,
fagulha vagante em sereno carnaval mental,
até que venha me trocar as máscaras e o pensamento
a euforia, a calmaria.
Entendo que admiremos aqueles que proclamam discursos
saborosos ao intelecto e reivificantes aos tormentos filosóficos
dessa vida tida à ferramenta e pão; afinal, sabe-se que nada sabemos
e sem fim tentamos refigurar as peças de um quebra-cabeça já montado.
Adicionar, acrescentar o novo ao jazido em letras de máquina, publicadas
as últimas idéias nos livros, e mais
as milhares de produções cientísticas fluidas na internet

segundo
após

segundo
e tudo ocorre como que sem tempo, fora do tempo, quietas e borbulhantes
sob a tela 17 polegadas Isenoux 3840z.
Um novo mundo espera ser descoberto?
Temos todos os aparatos para dizer o mundo
da maneira melhor que quisermos. Podemos escolher acreditar na descrença coletora,
na fé absoluta e fazente, na propensão criadora -"salvadora!"- do espírito Gaia,
no desfazer e brotar de um mundo medido com tempo,
Pode ser TUDO interpretação, também assim se explica e entende
as ficções que você chama ciência natural, filosófica, astrogilda.
Agora sim podemos, Devemos Saber dos Discos Voadores - claros!que óbvios- luzentes
no céu, pairando sobre nosso olhar periódico, nossas almas arqueadas e a pequeneza nossos passos.
Jogo sujo rir do outro quando palestra sobre a ascenção espiritual(social dos ares,querem dizer),
da origem, da origem do universo, de milímetros cúbicos de filosofia largada fora do copo;
é debochar pouco o ato do palhaço que não aponta a caricatura no outro, que faz então
o seu show e ri, gargalha de si mesmo, gargalho do cão tinhoso 'merecedor' de honrarias mais,

títulos? mas que pesam? que elevam a dignidade?
E eu quero ser confundido? Sim, confundam-me, queiram-me de todas as formas
sabe lá não gosta de gostar da forma vã que me gosta.

Isso porque amor não é coisa
fácil de dizer qual, porque são diferentes
a sua cueca da sorte do dicionário Hoauiss,
da ama de leite do leiteiro que lhe traz o dejejum matinal,
da mãe dejejuada do amor bebido e querido para junto do braço,
assim, querido para junto do um.
Só sei que amo todas as cores, o sapato velho, o disco deixado de lado, a flor que foi só cheiro,
a beleza real e estática do espelho, o sentimento de intuito universal,
a vontade de distinção, o orkut eu também gosto,
gosto, gostar é meio para amar ou
Já se ama quando gosta.
Olhar para o outro e cuidar a sua vida em valores significantes abstratos em
uma sala de jantar...
... por que eu não levo um mendigo para casa e trato-o?
Por que não dou-lhe um banho, escovas e leituras de mundo não sabidas e
mostro-me não humano, somente um pesquisador das gentes com intenções,
fazeres-sonhos-frutos, dizente da mente irriquieta e sôfrega por dentes
que mastiguem carne e sangue?
A humanidade está escassa, meu caro,
aquele que doa ganha também título de nobre,
Inútil,
doa o que não se pede e o que não lhe falta.
Obrigado não me peças, Inútil, a mim, a ti, mendigo,
Vive assim, irmão, mora e come da humanidade
inútil em seus afazeres obrigatórios -bate,bate,bate,bat,bat,bat,bath,bath-,
em suas comemorações fartas de fim de ano -podem, devem!ser opulentos-,
suas casas vazias de tédio e desgraça por horrores não colocados à mesa.
Ouve esse filete de batata amarela cozida
sobre os pratos limpos -tem ali pra ti-
Crê, tem um ali para ti, bate à porta e volte todas as segundas.
Marque as casas felizes, volte às duras.
Não pede, reave!reclama o teu dinheiro, roupas,
tua diferenciação social -diz os teus palavrões!-
e finde a visita, e deixe teu filho brincando com o filho da dona, mulher da casa. Sábado tu voltas para levar o moleque no circo aberto da praça
e agradece,pois, a dona, pelo tapa na cara do miúdo que nunca tiveres a covardia de dar.
Vira o mundo sem cabeça para baixo e esqueçe,
o inferno é configuração dos deuses para um dia teres
a Auto-disciplina latente nas veias como fazes como comes, defecas, bebes, rezas
e Amém!