quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

...a música embala ao som entre seus desejos


morada do amor refletido na alma...

domingo, 9 de dezembro de 2007

A fruta

Coisa assim que você me é,
assim, interminável pessoalidade em mim
que não quer mais parar de matar,
sentir e desfrutar toda a fria e fervente astúcia
de viver assustando e fritando desejos de mel,
rosadas corolas, fel e mais rosas,
Fulcro motriz da movimentação da vida,
doidivana, tangada com frouxidão de Princípios
e mais corrida
à menos ritualizada.

O mito-motivo pouco grado...
Fazemo-nos filhos tortos em paralelo,
fazemos essa tripulação, nós, esse motim amoroso de amigos diletos e gentes postas,
em ablação de horas, em leve ritmo - gesto de lenço no ar-,
a realização da matéria frígida do que entendemos prazeristicamente
fazer ferramenta da concreção do maior trabalho teatral, execução artístico profissional,
bucólica tristonha, tracejo via crusis, qual não se foge,
A talhar a frutificação da alma
em movimento pragmático performático de preguiça,
onde se faz a ultrajância cômica do Destino
e reconhecemos as nossas oferendas
fieis aos gânglios da garganta sôfrega
que solfeja sua flora.

Dor é d'onde desponta a graça,
Ganho maior dos maiores penhascos,
Motivo de feitura preto,
Trabalho secreto do talento,
Fiar de viço inexorável...
Atestarão as virtudes fundamentais.

Veste o teu vestido vermelho, tuas armas de ornamentos,
tuas águas teus mares que não sei findos em horizontes...
sonhos antigos morrem sobre altares de pedra,
de permeio por cheiros chegados e raízes antigas.

Petra funta. VULTA !
EVLOÉ !

<>

"Iemanjá
Iemanjá
Iemanjá... é dona Janaína que vem...

Iemanjá
Iemanjá
Iemanjá... é muita tristeza que vem...

Vem do luar no céu,
Vem do luar no mar coberto
de flor, meu bem,
de Iemanjá,
de Iemanja a cantar amor e se mirar
na lua triste no céu, meu bem,
triste no mar

Se voce quiser amar,
Se você quiser amor,
Vem comigo a Salvador,
para ouvir Iemanjá
a cantar na maré
que vai e na maré
mais do fim do mar,
Bem mais além,
Bem mais além
do que o fim do mar
Bem mais além...

Iemanjá
Iemanjá
Iemanjá... é dona Janaína que vem...

Iemanjá
Iemanjá...
Iemanjá... é muita tristeza que vem..."


http://www.youtube.com/watch?v=MC5XeOUX-jY

sábado, 8 de dezembro de 2007

I - De soslaio

No duro, o que eu queria ser
era olhar: janela de carro funerário,
estrela brilhante de céu anil do cerrado,
cúpula vítrea de boneca de princesa,
amarra do prisioneiro que rompe a língua e a corda,
assustado o pássaro de vôo súbito liberto,
a cesta de sexta depois do trabalho
e a Maria sem graça da cozinha.

Queria mesmo era me por no meu lugar
e saber até que eu não posso
Mas nem nisso devo pensar
em mim não cabe a vossa ultrajante idéia de menorização judiciosa
Ah, não, não cabe na minha cautela
todo o meu espantar, a minha loucura da saudade,
a minha zanga de prazer em quedar os desejos trinilantes,
a minha enorme falta de tato e faro civilizatório pede por ser
posta à vista, pede por ser dileta por músicos e soldados
Ai, ai, saudade dos tempos em que se podia dançar um frevo na rua e ninguém achava demais!
De ontem pra então só me incidem as maneiras sóbrias de olhar
que olhar pútreo é esse que exige de mim a vontade de te matar
por tanto que não me és.

Quero ver o sol nascer nessa falta de alento nos espíritos
fosforilantes e fáceis a se esquecerem a si ‘flocos’...

Assim ainda vocês vão ser?
Intimados ao grave som plúmbeo
da tuba, bravejante da farsa, da falácia!
Ouve o som da natureza, assenta.
Por que não se deixa morrer?
Não é sorte, é deixar-se morrer, perecer o olhar
numa folha caída, na piada sem graça do chefe,
no vídeo cassete que agora é alma de fora que fala.

Mas faz-se, e desfaz-se para refazer-se na discussão
das feitorias e atitudes de um homem que não foi...
Mais ainda, mais uma vez bate a martelada a mesa,
e corre essa leva de conversa besta
que toma o tempo do jogo de falar com estranhos
uma perturbação fractal.

Se pode me dizer, afirmar e comprovar
o tamanho da sua força,
quando bate o seu coração
foge ele ao compasso, quantas vezes por semana?


II-
Abre a porta, mariquinha.

Se venho assim! Assim mais devagar

Posto a minha mão sobre a outra,
Alumiou as trevas desertas
a sorte divina a sua mão.

Me pega assado em diversão de menino,
Borbulhando e tramitando,
Tinindo e trinchando,
Aguardendo e trilhando...

Enquanto peço o quanto devo, vivo afinal dos respeitos
do que não sei dom...

Vivo ao final dos espelhos
destilado em mensagens milharais da dúvida da mente dispersa em atenção,
atenção dos olhos riscados e postos deitados no eterno;
posso... perder meu olhar, em você?
Eu penso que morri o olhar em intenção,
Eu penso que dormi o olhar em ritual do bom e do bem.

Posso afinal nos debandes da consciência
ater-me a minha imagem una, inteira, honrada de etiquetas,
para não vir a corar ignaro e coxo?
Atribuídos a mim esses todo olhares perfeitos
e destacados do momento, relevos fortuitos à imagética do olhar,
sublevadas as cores em surdina, ainda para serem somente sentidas,
e entregues os tubos de lunetas aos convidados
a espiar o universo alh'ado.

Tinido das luzes sedimentares de permeio às sombras
Sobre os sons dispersos
e profusos no ar da noite anil,
porque noite é anil, anil é rock, rock é indolência infinita brincando
de jogo racional de mover peças
pra si e pra não,
como o movimento alçado
ou em desfalque
isca, ou realiza.

Tumba de incerteza, vertemos uma oração
para que não, não, nos tire mais essas mesmas conclusões
de tiro no mesmo ponto; troncudos, errantes,
os impulsos ativistas de cunho Vivificante?

Alegre é a categoria de triste feliz por assentamento de pensamento.
Entendo que a academia é abanador de limpeza étnica dos que
estão para não a fazerem e satisfazerem
a duros modos de apreensão.

Modos atestados,
"e em letra legível, senhor..."

Arrancai ruídos da inaudível dúvida,
Homens de Deus!

Só mesmo assimmnn..

Só mesmo a mão
que pede se posso?
e devo admitir-lha que não sei
se devo ou se posso.

Peço que
Sim, anjos me conduzam a resposta,
de dizer somente sim ao que
me achado melhor os deuses,
façam guia às minhas vontades sôfregas
de tanto brincando, volteio de funâmbulo.

Agora sim, agora sim, agora sim,
enquanto disséreis o quanto não devo
vou mostrar o quanto vai ser
do que, eu não sei,
Mas algo de então
Lá, assim assado,
vai ser!

Eu não entendo,
escrever é tão bom, enquanto
que não saber o que se escreve
é tinindo brincando.

Ah, não, cópia de novo, Não!
mais uma vez, não, prefiro que
não façais se assim não for
fim, pá!

Me venho assim, tirim dum délum luumM dlééin,
tin dááun kaun dum dên dên dên dâein......

Tim lom dom, tim dom
me venha assim, de novo então
digo tim dom!
me vem assim, tim lom dom dopmm Dom Domm !...
Tim dom !!!

Me vem assim ráááh !!!
Me vem assim, torom dom dom dom cum dom Õdumm quim dom...
Me vem assim... tom lom dom dom dõmm tim lááh !
Mememememememevééém brincando,
(torrr rom tu to rom tu tu tu tum TOMMM!)
Me vinu, me vinu, me vinu brincando
(vim nim dom dom dom)

Me vinu me vinu mi vinu brincando.

Hoje fico em casa

Vou não, homem,
deixa pra depois de então,
eu fico por aqui, então
sem mais bereglun glom lom lom porro bum bom bombomb turum pum pombom bom Pom bom bom pob omb___
Pob omb bom pob obm obm pob obm Bom Bom BÕMM BÕMMM
Vou pro meu canto
cante o cisne da noite,
porque o instante existe e estás completo, homem,
Virou tudo uma coisa só de terem dé~em...
uma prosa só de tum gum dèim dèim
tiral pam... ti ral pa... bimmmmm..
e trom plim... tri trom pom.. POM<>dlinnn...

Estou bem,
quero ficar sozinho,

just relaxing, mano meu,
just enjoyng the smelling night,

Tô apegado àqui, pego a porta e tlim!
Pode parecer triste mas é só paixao...
como a meditação, um vício solitário.
Eu fico por acá
brincando como posso,
e quando o natural dos encantos
passam-me a banir os prantos
venho ao natural dos enganos
e traço o último dos ganglios, o gotejo dos anjos
sobre a minha cabeça
que diz sim no mais bem do meu sem,
Tim lo~ DomM Tin lom dom, tim....
E recolho o meu rosto em canção...
Tim lom dom tim... Lom dom...... tim...
que a saudade já demora em nao querer.