Longedura de liames de muito tempos...
A férreo deslancho temporal da hora
Furta, decarrilha mestra o arranque goto da [palavra
Faustíssima Brás cobre, de ouro anunciada,
Ferrenha dor, zarcão oradora dos choros
Circunferência incompleta a espera, à dor,
A paciência exígua bandeira fora o [experiencialismo
Dá as mãos, fraqueja o garfo sem furto de sangue próprio.
Atroz a roga de exalto luz
Quervindro!, Nosoplasta!, Ratrós, Distô...
Vóz, aclima a alegoria ao meneio dos corpos,
Devotos da vossa própria trauma, dessabidos cônscios a vossa
Chaga, refestelada às iras de nódoas tristes crispadas
em choro desvão, (ex)postas para se fazer par
Do que não se sabe
Aluga alma a amiga e lhe conta
Dos infortúnios da mente, falância parlada sem troco
Ablação da tétis contra a parede, sem esperança
De retorno vai e afogueta o gesto, o praticismo
Da ação que não diz senão ‘Salvar-te! Procura no próximo movimento
o sobrenadar no fio líneo a nova certeza
que irá deslanchar nova gira!’
Retorno lívido da nova mostra vida,
O fio entretecer das concatenações,...
As idéias ocorridas e faladas
As falas desditas, arruinadas antes da última palavra
O sicio vazio das palavras vertidas sem fé, desprecavidas,
Desnaturadas ao despontar displicente no outro,
Não aprouve aos SEUS ouvidos!,
‘Qué provam, tánto atestam a vida!?
Colados a ela, não avuados, não.’
São continuamente
verídicos
– carregam a ceifa invencível da verdade, unicamente verdadeira –
Para apoiar-se ao ombro alheio,
fincá-lo com tagarelice – chão corrido de ventos nus –,
e a verdade não existe,
existe ‘um cafezinho, a tia da minha mãe de Pelotas, á formiga aqui na conta atrasada’
a sabedoria é para os sábios...
não se fala sabedoria,
ela também não existe,
quem a carrega?
A mão que trabalha
Assevera mais a mão
E a cabeça ao prego.
Renè Magritte 1959. La chiave di ghiaccio
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Rotos anjos
Não tenho mais posse de mim
As vozes que me dizem
Controlam ânsia e excesso
Volto a mim ainda duro.
Condigo as suas frases sonoras
Me traem incrédulos os ouvidos
Fastio da mente que ouvisse somente vibrações,
Intensas, amenas, surdas de julgo
Porque a vida cansa e pede vislumbre calado
Fora as cigarras meditativas e bem-te-vis [louvadores
Arrastassem somente as cobras, refestelassem [as bananeiras
Correndo apenas luz dos pensamentos
De instrumentos queixas, clamores, brados,
A linguagem musical surda fonemas sem fama,
Que regam, oram, apregoam pontes, fluem rio de idéias,
Chutam a política impulsiva, reverenciam as boas maneiras,
afastam e regressam o amor de amor de mim...
Fulo ímpeto de ganho mundo, exterior a conselhos,
Da otoacústica enternecida de rendição branca,
De cultivo frútifero de amores,
A juventude anelada de amores,
Rutilados em poucas vozes,
Vascularizados, diminutos a quatro intentos
Sorvidos sacrílegos,
Sofridos heréticos sem tempo.
Marc Chagal - Violinist Amsterdam
As vozes que me dizem
Controlam ânsia e excesso
Volto a mim ainda duro.
Condigo as suas frases sonoras
Me traem incrédulos os ouvidos
Fastio da mente que ouvisse somente vibrações,
Intensas, amenas, surdas de julgo
Porque a vida cansa e pede vislumbre calado
Fora as cigarras meditativas e bem-te-vis [louvadores
Arrastassem somente as cobras, refestelassem [as bananeiras
Correndo apenas luz dos pensamentos
De instrumentos queixas, clamores, brados,
A linguagem musical surda fonemas sem fama,
Que regam, oram, apregoam pontes, fluem rio de idéias,
Chutam a política impulsiva, reverenciam as boas maneiras,
afastam e regressam o amor de amor de mim...
Fulo ímpeto de ganho mundo, exterior a conselhos,
Da otoacústica enternecida de rendição branca,
De cultivo frútifero de amores,
A juventude anelada de amores,
Rutilados em poucas vozes,
Vascularizados, diminutos a quatro intentos
Sorvidos sacrílegos,
Sofridos heréticos sem tempo.
Marc Chagal - Violinist Amsterdam
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