quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Corpo anterior (Barriga e rosto)

Pantomima ritma das palavras
Tentadoras da expressão cheia,
sem pompa nem garbo nem meio
Quer tê-la dita antes, e havê-la
Morta inteira

Dizer frasal atravessado
por conta da razão
motivo de poda edificante,
Se faz-se siso demais
Pouca arte conserva-se-nos

Pensar é cultivar análise;
Porventura vens montar o destino
As vestes fásicas da Natureza;
Entoas o silêncio mudo das pedras,
levantas o braço vento
ao enleio da hora celeste, em
Manifestação mutual, o homem
mais algum elementar do espaço,
Antevê o alongo e
desabraço da natureza que desvela
a nova cor dos aires – desfile semilíquido
de desfolhamentos dessabidos do Tempo –
E banha-se a nova vestimenta,
Precisa os arreios e lanças ao perto
e desponta ao jorro Cósmico
junto o próprio corpo.

Plexo da Geração
Nimbo dos céus, ablucão
e libação, Liame devocional, tigelas
Cerâmica para o sacrifício
Halo génio companheiro

Pastoreado, a fatalidade marcha
cíclica não o causa clausura triste,
Monta postura justa
(Se credita ideal à beleza e à bondade
deve tirar delas sua força)
Verte o gesto, parco ou
Desprovido de brio, tão só fresco
Simples dito que sabe;
Lúcida beleza conteúdo
Dispensa capricho; estendiiida a pose
graça morta qual não pode
Glória!

Pensar uma borboleta
Até nascida, morosa eras
de entretecer celular
Para até o destino Infinito -
Fado centelha, pousa só deslumbre,
Salta vôo, debulha
Bruços de alegria,
por um só dia
De colo divino
Fibra assomada à desponta.

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