domingo, 7 de outubro de 2007

DO INÍCIO ANTES DO LIVRO

O OUTRO

COMO PODES não morrer dentro de si a leitura de cartas - textos sem destino - do que te ama, e da benquerença fazer filha da amizade, o que é cheio de bondade isento de coerção amorosa pedinte da carne? Do mundo que então fazes exposição em vitrina, baba o outro sem perdão que lhe encha o peito. Vazio e sem fundo, arregaçado o peito, desgraçado dos quereres todos, quereres de criança que não pede, olha com a alma bastante desejo, deseja o seu mundo mudar de cor, preto porpurina azul, anil, por branca-amarela, verde-violino, rosa-bruxa, cor nenhuma que perde a graça.

DE MIM

Queres tu o amor de quem não te pediu glória, mas se vistes graça no meu olhar foi amor terno que cedi; no meu lugar quem não o fizesse teria a cabeça posta em julgamento, e não se aprende a fazer justiça sozinho. Cabem, cabem as formas quaisquer de expressão, quanto quiseres intentar o bem, vem, devo dizer, posso até jantar na sua casa sabendo da cilada se não for contra a minha vontade; não sei assertar que mal te fazes, amante! Ó, bem-amado que sou não nego amor debulhado em flamulas de amor derrradeiro, amante até a compaixão, sou carne falante, se as palavras são bobagens humanas e lâminas afiadas quando mal faladas; mas falo a vulgariedade, a indecência do julgamento, julgo, trois-julgo até a morte, pois se para falar tivesse que pensar sobre o que te apraz e o que te maldiz, o que te sensibiliza a pele e o animo ao contato, eu não SEI que azul e branco te fazes tão colorida a dor, calo então para o sempre?Jamais. As palavras são sementes.
E não pensei, tive para mim: uma plantação de trigo sendo colhida por um trator. Não há figuras-personagens na cena, eu queria enxergar, a ti, com os teus sentimentos, como sinto aquela imagem em movimento, lenta e segura de erro. Pergunto-me como não o fiz, mas nada eu deixei de fazer. Fazer eu tentei, mostrei e estava dita a vontade do bem fazer, do fazer inteiro e congruente com todos os fazeres esquecidos. Castigo maior ver-te doída, lacunosa; e admiro tu sem saber se mentes - se com outro estás - para o espelho e acredita-se 'melhor' ou falseia mentira inteira para mim, e livra-me do pensar taciturno a cobrar-me dívidas ou castigos com um deus brincalhão(?). Falseio, não o faço.
Da saudade, eu digo que não penso, que as lembranças em muito me tocam e chorar só eu não sei, porque eu, são tantos porques, por quê, pelo que para o que eu não sei preciso, não preciso, não preciso. Sobrepuja ao meu sentimento impulsos outros, que sem vez própria, matam-na a própria vez. Que porque fazem partir-me, terminam logo aqui em mim. Sou conforme e harmonizo sentido nada, sentido meio.

E ENTÃO

Morrer é filosofar - filosofar é saber morrer -, filosofar é saber amar! Querer meu, bem a mim, quando à minha própria normatividade devo eu corromper a esmo e amiúde, e faço-me o rebelde de uma rebelião anti-versus, anti-norma, anti-coação dos chatos, debilóides, desvairados na mania, DEIXAI-OS SER, VOSSOS CÔMICOS DE MERDA!, pequenos vós sois por ter ao lado sujeitos em confissão de vida morte em autêntica confusão destrinchada em retalhos de dissecação, assentado em embotamento afetivo e acovardado na pluri-multi-PALAVRA, ora na hipoMANIA doente de sentir para fora, ora cultivador de egotismo faraônico, agudo, obtuso e inquebrantável, pobre da ignorância de não se ter não possuinte de saberes - SACUDAI-OS, FILHOS DE CABRA! -, pequeno, vós, fazei-os vossos bobos da corte e zombais só para dareis à lingua para aqueles que não falam e não ouvem.

<> DEIXAI-OS FALAR, OUVAI-OS AS SÚPLICAS, TENTAI-VOS A VOSSA COMUNICAÇÃO UNIVERSAL PARA-PARALÍTICA - tudo não precisa ser apreendido -,
FALAI RUÍDOS, HOMENS DE DEUS, EXPRESSAI TAMBÉM A VOSSA IGNORÃNCIA EM PALAVRAS INTEIRAS, SOLETRADAS VÃS UMA A UMA, É O MEIO, ABORÍGENE!!!! EDUCAI-VOS O VOSSO ENTENDIMENTO A INTENTAR ENTENDER O INTELECTO ALHEIO COM OU SEM PREPOSIÇOES LÓGICAS, TRATAI- OS COM OU SEM SUPOSIÇÕES DE AGRESSÕES DA INTENÇÃO, FALAI-VOS DA MANEIRA QUE VOS VIERDES AO CORPO A EXPRESSÃO, O DEFLUIR SEM MANEIRAS PRÓPRIAS, SEM GESTUAIS DEVIDOS E EXPECTADOS PELO OUTRO, OU VIVER A VIDA DE OUTREM É O QUE QUEREIS? EXPONDES O QUE A VÓS VOS PERTENCE, TORNAI-VOS PRÓPRIOS A VÓS MESMOS, EM REPRESENTAÇÃO ACENTUADA PELA LOUCURA DIVINA, EM DITO POPULAR DE CARÁTER SEM IMPORTÂNCIA, EM LIVRE DESVAIRO DA CONSCIÊNCIA SERENA PELA ILUSTRAÇÃO DA RAZÃO! DA RAZÃO FAZEIS VOSSO CAVALO CARREGADOR DA VERDADE VOSSA, INVENCÍVEL! O DESREGRAMENTO É ILUMINAR DIVINATÓRIO PROVEDOR DA VERDADE OCULTA, EPIFANIA CORPORIFICADA EM FORMA HUMANA, VISLUMBRE DO INCONSCIÊNTE ININTELIGÍVEL VIVIFICADO E ACERTADO EM DELÍRIO, FABULAÇÃO ENCARNADA EM VOZ - MATÉRIA! - URRO, GRITO, SEM VÍRGULA, SEM VÍRGULA, MORTE É VÍRGULA, APRENDEI A MORRER MAIS, SEM PREOCUPAÇÃO DOS TRÂMITES, DAS VÍRGULAS DA EXPRESSÃO INCONTIDA E CONTÍNUA, CONTÍGUA À MORTE E CRIADA DA VIDA, SEM QUERER SABER DOS MATIZES DE CLASSIFICAÇÃO DAS MORTES E VIDAS, INFERIORES, SUPERIORES, E, CELESTES. AS HONRARIAS DESDITAS FIZERAM-ME MENOS. GRAÇAS, Ó, DEUSES ! <>

Um comentário:

Gal disse...

Blog hospedado no blogger voltou.
To usando mais o myspace porque as opções de postagens são melhores.
enfim
www.janainacastroalves.blogspot.com

ou www.myspace.com/janacastroalves

vc escolhe.